Professores recebem capacitação sobre Patrimônio Histórico e Arqueológico

A Prefeitura de Cruz Machado, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, promoveu nessa segunda-feira, 7, no auditório da Câmara Municipal, uma capacitação aos professores municipais. A ação foi desenvolvida pelos representantes da Fundação Aroeira e teve como tema abordado “Projeto de Educação Patrimonial Subestações e Linhas de Transmissão Elétrica de 138 KV – Conhecendo o Patrimônio Arqueológico, Potencializando Saberes, Preservando Patrimônios”. A fundação é uma entidade ligada a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás e está desenvolvendo um trabalho para a Companhia Paranaense de Energia (Copel).

O evento contou com a presença do prefeito de Cruz Machado, Antonio Luis Szaykowski, secretária de Educação e Cultura, Oliveti Brautigam, equipes pedagógicas e professores das escolas municipais.

A capacitação é fundamental para a sensibilização sobre a importância dos bens culturais das comunidades impactadas pelos empreendimentos e para preservação desse conhecimento histórico e arqueológico. Na formação foram apresentados resultados obtidos no levantamento arqueológico e histórico/cultural realizados em Cruz Machado, além de trabalhados os conceitos de patrimônio cultural, tanto em âmbito material, imaterial e natural, história, memória, identidade, arqueologia, entre outros. O objetivo é formar multiplicadores, ao transmitir o conhecimento aos docentes, estes repassam aos alunos, desenvolvendo contidamente mediadas de preservação ao patrimônio cultural.

 

No levantamento realizado pelos técnicos da Fundação Aroeira, foram encontrados vários pontos arqueológicos no município de Cruz Machado. Os sítios arqueológicos são locais nos quais os homens que viveram antes do início da atual civilização deixaram algum vestígio de suas atividades. Em geral, os objetos encontrados são fragmentos de cerâmica, ferramentas feitas de pedra, instrumentos para caça e pesca e restos de habitações.

O programa de Educação Patrimonial além de ser previsto em lei, é fundamental para a sensibilização sobre a importância da preservação e conhecimento histórico e arqueológico de bens culturais das comunidades impactadas pelos empreendimentos.

Fundação Aroeira

A Fundação Aroeira foi instituída pela Arquidiocese de Goiânia, através da Sociedade Goiana de Cultura (SGC), mantenedora da Universidade Católica de Goiás (UCG), em 11 de Agosto de 1999.

A razão da criação de uma Fundação, desde o seu início, esteve sempre ligada ao trabalho realizado pela UCG. A Universidade Católica, nos seus quarenta e cinco anos de existência, tornou-se uma referência no ensino para toda a região Centro-Oeste do Brasil.

São 23 mil alunos distribuídos em 40 cursos de graduação e pós-graduação, inúmeras pesquisas são desenvolvidas em todos os campos do conhecimento contribuindo para a construção do saber nas mais diversas áreas, e o trabalho de extensão que cobre capilarmente o Estado de Goiás com inúmeros programas que abarcam desde cursos de alfabetização de jovens e adultos até a universidade aberta à terceira idade.

Entretanto, não obstante este vasto universo de abrangência era preciso, segundo a SGC, potencializar ainda mais o trabalho da universidade, era preciso que seus recursos humanos e materiais estivessem mais próximos, mais acessíveis à sociedade de uma maneira geral. A partir dessa preocupação várias alternativas foram avaliadas, sendo a instituição de uma Fundação aquela considerada mais adequada e oportuna.

Ao término de toda a tramitação legal surge assim a Fundação Aroeira. O nome “aroeira” foi escolhido em função do simbolismo que cerca esta planta típica do cerrado goiano, mas que pode ser encontrada também em várias partes do Brasil: árvore de extrema durabilidade muito usada na construção de pontes, sua casca e raízes são utilizadas em inúmeras receitas da medicina popular. Enfim, uma árvore que pelo seu alto valor pode proporcionar grandes benefícios para quem a utiliza com sabedoria.