6ª Regional de Saúde realiza palestra sobre combate à mortalidade infantil e materna
Durante a manha do dia 24, funcionários da saúde do município estiveram reunidos no auditório da Igreja dos Luteranos, aonde membros da 6ª Regional da Saúde ministraram uma palestra sobre um tema muito importante: Combate a mortalidade infantil e materna.
O tema já foi debatido durante o ano passado em toda a região e teve muita efetividade, reduzindo o número de óbitos e melhorando a qualidade do atendimento do pré-natal. Neste ano o trabalho segue, sendo uma importante ação para preparar e orientar profissionais de saúde para continuar prevenindo as taxas de mortalidade.
Utilizando como base a Linha Guia da Rede Mãe Paranaense, que tem por objetivo ser referência para melhorar os indicadores no estado, de acordo com as possibilidades da regional, o trabalho vem sendo realizado para que as exigências contidas no guia sejam o mínimo que cada município possa oferecer. Os índices de mortalidade infantil e materna refletem na qualidade da saúde do município e consequentemente o seu IDH e consequentemente o bem estar da população.
Durante a manhã foram apresentados dados de análise situacional da mortalidade infantil e fetal e materna no município e no estado, sendo em 2016 registrados 11 óbitos fetais pela 6ª Regional de Saúde, sendo um (1) óbito identificado em Cruz Machado. Número este que vem se mantendo desde 2015, com destaque para o ano de 2014, em que não foi registrado nenhum óbito.
As principais causas das mortes fetais são Infecção urinária, doença hipertensiva e sífilis, que atualmente é o principal fator, registrados em mães que já tiveram óbito fetal anterior. Já no caso de mortes maternas, as mortes ocorreram principalmente com mães com menos de 20 anos, residentes na área rural, com renda familiar inferior a 2 salários mínimos, baixa escolaridade, tabagistas, com a primeira consulta pré-natal realizada com mais de 12 semanas de gestação e com falta de referência para o alto risco.
Em Cruz Machado, tem chamando a atenção o alto índice de gravidez na adolescência, 20% das gestantes possuíam menos que 20 anos, por isso é muito importante que haja a conversa entre os pais com os filhos para que haja a contracepção, pois o risco é muito grande durante a gravidez na adolescência. Além de a criança poder nascer com complicações, o registro de óbitos em mulheres com menos de 20 anos é maior.
Quanto mais cedo a gestante chegar para atendimento, melhor. A mulher não precisa esperar estar com 3 meses de gestão para comparecer a uma unidade de saúde. Se houver a suspeita de gravidez, ela deve se deslocar a unidade para receber atendimento. Se confirmada a gravidez, iniciar imediatamente o pré-natal, pois os exames são fundamentais e se realizados já no início da gravidez, com a identificação de alguma doença, o tratamento será mais eficiente.
Os agentes comunitários, a equipe de enfermagem, médicos e toda a equipe de profissionais da saúde desempenham um papel muito importante neste trabalho. Porém é muito importante que as gestantes confiem nas equipes, participem das reuniões, realizem os exames solicitados e façam o pré-natal corretamente para evitar complicações não só na gestação, mas também após o nascimento da criança.
Os cuidados não são só importantes no período gestacional, mas também após o nascimento da criança e as orientações são adquiridas ainda no período do Pré-Natal, quando são abordadas as vacinas do recém-nascido, como dar o banho, aleitamento materno e etc. que são extremamente importantes, e hoje a equipe esta preparada para dar todo esse suporte de orientação.
No dia 5 de Maio, 5 profissionais representantes da saúde do município participarão de um encontro estadual da Rede Mãe Paranaense, onde o objetivo é discutir o que pode ser feito para garantir a qualidade da saúde das crianças e das mães.
Confira os dados e as informações repassadas durante o encontro:
Análise Mortalidade infantil – Cruz Machado