O município de Cruz Machado realizou nesta semana, nos dias 19 e 20 de outubro, no Centro Municipal de Produção Mieczyslaw Otto, a 1ª Mostra de Tecnologias Adaptadas na Horticultura na região de União da Vitória, a Hortisul. O evento foi promovido pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e contou com o apoio da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Casa Familiar Rural e Prefeitura de Cruz Machado.

No primeiro dia do evento participaram agricultores familiares que produzem e vendem hortaliças e frutas para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos da agricultura familiar (PAA). O segundo dia foi voltado para os jovens agricultores que estudam nas Casas Familiares Rurais da região.

 

Os participantes passaram por quatro estações didáticas na mostra, com os seguintes temas: Tecnologia da informação para o agronegócio; Manejo da fertilidade na olericultura; Cultivos protegidos (modelos de proteção e sistemas de irrigação); e Novas cultivares de olerícolas desenvolvidas pela pesquisa. Essa ação realizada pela Emater também contou com o apoio da TecSeed e Embrapa de Canoinhas (SC).

A região de União da Vitória, que reúne nove municípios, hoje é considerada o segundo cinturão verde do Paraná, perdendo apenas para a região metropolitana de Curitiba. Existem 340 famílias que se dedicam à olericultura de forma comercial. Elas colhem por mês cerca de 141 toneladas do produto, faturando bruto, em média R$170 mil anuais.

 

Nos dois dias dos encontros, os participantes assistiram palestras técnicas. O coordenador estadual do projeto olericultura, da Emater, Iniberto Hamerschmidt, apresentou dados sobre a produção e mercado de hortaliças no Paraná, destacando neste contexto a realidade regional. Outro profissional da Emater, Antônio Leonadecz, gerente da macrorregião Sul e também especialista em fruticultura, abordou opções de mercado para produtos hortifrutigranjeiros que o agricultor tem, tanto institucionais, como o PAA e PNAE, quanto os convencionais.

O extensionista José Eustáquio Pereira, da Emater de União da Vitória, explica que o grande objetivo é apresentar para os participantes as possibilidades de uso de novas tecnologias, que podem contribuir para tornar a atividade da fruticultura e olericultura mais competitiva na região. “Por isso usamos na definição do nome do evento o termo tecnologias adaptadas. Quer dizer o seguinte: de que forma o produtor pode se apropriar melhor de recursos modernos de comunicação para se relacionar com a sua cooperativa, sua associação, seu técnico ou colega de profissão para trocar informação e até negociar sua colheita. Visando sempre, com isso, garantir maior renda e também atender a exigência dos compradores que querem qualidade, constância na oferta e escala de produção”, comenta.

As propostas tecnológicas levadas para o evento têm a capacidade de contribuir com o desenvolvimento de sistemas mais sustentáveis de produção e até ajudar aqueles agricultores que lidam com a agricultura orgânica ou têm a intenção de partir para esse modelo de cultivo que dispensa o uso de venenos e outros insumos sintéticos, como os fertilizantes.

O Centro Municipal de Produção de Cruz Machado possui como objetivo principal o desenvolvimento de novas técnicas, para que o produtor possa colocar em prática novos experimentos e tecnologias, que posteriormente possam ser utilizadas em suas propriedades. O local também é utilizado para estudos e pesquisas dos alunos da Casa Familiar Rural.

Informações: Agência Estadual de Notícias do Estado do Paraná – www.aen.pr.gov.br