Secretaria de Saúde promove campanha Setembro Amarelo
Durante todo o mês de setembro, Cruz Machado se veste de amarelo para a campanha “Setembro Amarelo”, de Prevenção ao Suicídio. A proposta é dar visibilidade à temática e firmar o compromisso com a vida. O suicídio é visto como um tabu, um tema perplexo que gera reflexões e sentimentos que geralmente não são expressos, sendo que algumas pessoas nem se permitem pensar a respeito. O falar sobre o suicídio é de extrema importância devido a seu impacto social, seja em termos numéricos, seja em relação a familiares, amigos ou conhecidos das pessoas que fazem uma tentativa ou ameaçam se matar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra, em várias publicações, que o suicídio tem aumentado nas últimas décadas. Nas últimas quatro décadas, o suicídio cresceu significativamente em todos os países, envolvendo todas as faixas etárias e, também, vários contextos socioeconômicos. Pode-se dizer que o suicídio está entre as dez principais causas de morte. Por isso a necessidade de prevenção e do tema estar sendo trabalhado em Saúde Pública.
Segundo Blanca Werlang, as causas do suicídio são difíceis de compreender, pois envolve vários determinantes de grande complexidade. Segundo a experiência clínica e entende-se quer o comportamento suicida envolve fatores emocionais, psiquiátricos, religiosos e socioculturais, ou seja, é um conjunto de fatores que ajudam a compreender a situação de vida, o sofrimento que essa pessoa carrega e, por isso, a busca da morte. Até podemos dizer que, por vezes, a pessoa não quer se matar quer antes eliminar a dor diminuir o sofrimento e, por isso, busca, de repente, um método que o leva a morte.
No município de Cruz Machado há dados preocupantes em relação ao suicídio, entre 2006 até 2015, houve 26 casos, a principal maneira da morte no município é o enforcamento, com 73% dos casos.
Acredito que precisamos falar sobre o suicídio e abordar o tema de forma adequada. Isso não aumenta o risco de uma pessoa se matar, ao contrario, é fundamental das informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda. No município a referência para estes casos é o serviço de atenção básica para uma primeira abordagem e se necessário à equipe realizará encaminhamentos aos profissionais adequados.
Sirlene Chaikovski
Psicóloga Pós-Graduada em Saúde Mental